Tudo o que você precisa saber sobre a Lei do Inquilinato

Saiba tudo sobre a Lei do Inquilinato no blog da AlugaMais

Introdução

A Lei nº 8.245/1991, conhecida como Lei do Inquilinato, é a legislação que regula a locação de imóveis urbanos no Brasil.

O objetivo dessa lei é garantir segurança jurídica, equilíbrio e transparência nas relações entre proprietários, inquilinos e imobiliárias.

Dessa forma, é possível reduzir conflitos e oferecer regras claras para cada etapa da locação.

Portanto, para quem administra imóveis, compreender essa lei profundamente não só é fundamental para cumprir obrigações legais, como também se revela uma forma de proteger o patrimônio de seus clientes locadores.

Neste artigo, trouxemos as informações mais importantes sobre a Lei do Inquilinato, os principais direitos e responsabilidades de cada parte, e como a tecnologia pode tornar tudo mais simples.

Se você quer evitar prejuízos e tornar sua locação mais segura e rentável, continue lendo e confira nosso guia completo!

Quais temas são regidos pela Lei do Inquilinato

Em suma, a Lei do Inquilinato é a legislação de dispõe de:

  • Locações residenciais;
  • Locações comerciais;
  • Garantias locatícias;
  • Deveres e direitos de ambos locador e locatário;
  • Regras para reajustes, rescisão, inadimplência, despejo e mais.

Entretanto, ela NÃO se aplica a locações de:

  • Imóveis de propriedade pública;
  • Vagas de garagem alugadas separadamente, nem de espaços reservados para estacionamento;
  • Espaços destinados à publicidade;
  • Locações por temporada muito curtas, como hospedagem;
  • Arrendamento mercantil.

Nos casos acima, a regulação cabe ao Código Civil e às leis especiais.

Direitos e deveres do proprietário

Direitos do locador

A legislação estabelece os seguintes direitos do locador:

  • Receber o aluguel em dia;
  • Reajustar o aluguel conforme índice previsto;
  • Reaver o imóvel em situações previstas na lei;
  • Exigir garantia locatícia para atender às demais obrigações do contrato (opcional, podendo ser qualquer uma das modalidades previstas no artigo 37).

Deveres do locador

O artigo 22 traz uma lista de obrigações referentes ao locador. Confira:

Art. 22. O locador é obrigado a:

I – entregar ao locatário o imóvel alugado em estado de servir ao uso a que se destina;

II – garantir, durante o tempo da locação, o uso pacífico do imóvel locado;

III – manter, durante a locação, a forma e o destino do imóvel;

IV – responder pelos vícios ou defeitos anteriores à locação;

V – fornecer ao locatário, caso este solicite, descrição minuciosa do estado do imóvel, quando de sua entrega, com expressa referência aos eventuais defeitos existentes;

VI – fornecer ao locatário recibo discriminado das importâncias por este pagas, vedada a quitação genérica;

VII – pagar as taxas de administração imobiliária, se houver, e de intermediações, nestas compreendidas as despesas necessárias à aferição da idoneidade do pretendente ou de seu fiador;

VIII – pagar os impostos e taxas, e ainda o prêmio de seguro complementar contra fogo, que incidam ou venham a incidir sobre o imóvel, salvo disposição expressa em contrário no contrato;

IX – exibir ao locatário, quando solicitado, os comprovantes relativos às parcelas que estejam sendo exigidas;

X – pagar as despesas extraordinárias de condomínio.

Direitos e deveres do locatário

Direitos do inquilino

A Lei do Inquilinato diz que este tem direito a:

  • Receber o imóvel em bom estado;
  • Não responder por defeitos anteriores à locação;
  • Solicitar descrição minuciosa do estado do imóvel;
  • Ter sua privacidade garantida (não receber visitas sem agendamento prévio, mesmo que para vistoria do imóvel);
  • Quando pagar ao locador por reparos, receber recibo detalhado do que foi quitado;
  • Solicitar comprovante de pagamento do aluguel.

Deveres do inquilino

O artigo 23 traz uma série de obrigações ao inquilino. Em resumo, o locatário deve:

  • Pagar o aluguel em dia;
  • Cuidar do imóvel como se fosse seu;
  • Devolver o imóvel no estado que recebeu;
  • Pagar despesas de consumo, bem como despesas ordinárias de condomínio;
  • Informar o locador de reparos necessários;
  • Realizar reparos de danos provocados por si;
  • Permitir a vistoria do imóvel, desde que combinada previamente;
  • Entregar ao locador quaisquer multas, exigências de autoridades públicas e documentos de cobrança condominiais;
  • Pagar o prêmio do seguro fiança;
  • Respeitar as regras do condomínio.

Lembrando que, conforme o artigo segundo, “ocupantes de habitações coletivas multifamiliares presumem-se locatários ou sublocatários”.

Além disso, em caso de mais de um locatário (ou mesmo mais de um locador), entende-se que são solidários se o contrato não estipulou.

A legislação também diz que, durante a execução de obras necessárias à regularização do imóvel, os locatários ou sublocatários “estarão desobrigados do aluguel”.

Garantias locatícias permitidas pela lei

A Lei do Inquilinato diz que o locador pode exigir garantias do locatário para se proteger de eventuais inadimplências.

A legislação informa que as seguintes modalidades podem ser exigidas:

  • Caução;
  • Fiança;
  • Seguro de fiança locatícia;
  • Cessão fiduciária de quotas de fundo de investimento.

Entretanto, é proibida a exigência de mais de uma modalidade de garantia em um mesmo contrato de locação.

A caução pode ser em bens móveis ou imóveis. No caso de caução em dinheiro, esta não pode exceder o equivalente a três meses de aluguel. Saiba mais sobre a caução em nosso artigo completo!

Nos últimos anos, surgiram também soluções modernas de garantia locatícia, conhecidas como garantias digitais. Elas utilizam tecnologia para agilizar a análise de crédito, reduzir a burocracia e oferecer mais segurança tanto para locadores quanto para locatários.

Diferentemente das modalidades tradicionais, essas soluções costumam ter aprovação rápida, sem necessidade de fiador ou altos desembolsos iniciais, o que amplia a atratividade do imóvel e melhora a experiência do inquilino. E o melhor: tudo isso com segurança e validade jurídica.

Para imobiliárias, corretores e proprietários que desejam oferecer uma garantia moderna, simples, digital e altamente segura, recomendamos o SAMA, nossa garantia locatícia exclusiva. Unimos tecnologia, proteção e facilidade para todos os envolvidos no processo de locação, minimizando o risco de inadimplência e impulsionando a eficiência!

Reajuste de aluguel

Em seu artigo 18, a Lei do Inquilinato estabelece a possibilidade de ambos locador e locatário concordarem em novos valores para o aluguel, bem como a inserção ou modificação de cláusula de reajuste.

Entretanto, caso ambas as partes não entrem em acordo, é possível pedir revisão judicial do aluguel a fim de ajustá-lo ao preço de mercado.

A legislação determina que esta revisão só é permitida após três anos de vigência do contrato ou do acordo anteriormente realizado.

Reforma, manutenção e responsabilidades: quem paga o quê

A convivência entre locador e locatário envolve cuidados constantes com o imóvel, e entender quem é responsável por reformas, reparos e manutenções é essencial para evitar conflitos durante a locação.

Se você quer se aprofundar nesse tema, não se preocupe! A AlugaMais já preparou um conteúdo completo sobre o assunto. Confira nosso artigo “Posso reformar um imóvel alugado? Saiba o que é permitido!” e saiba todos os detalhes sobre manutenções, reparos, obras estruturais, melhorias, e quem fica responsável por cada um!

Inadimplência: o que a lei prevê e quais são os caminhos possíveis

A inadimplência é uma das maiores preocupações de locadores e imobiliárias, e a Lei do Inquilinato estabelece regras claras sobre como proceder quando o pagamento do aluguel atrasa.

Preparamos um artigo completo sobre este tema, da prevenção à cobrança estruturada, e comentamos sobre como minimizar prejuízos com atrasos. Saiba mais em nosso guia completo de gestão de inadimplência!

Não se esqueça que, além de oferecer os melhores conteúdos sobre o mercado imobiliário, também oferecemos serviço especializado de gestão financeira de locação. Já ajudamos mais de 3.000 imobiliárias a receberem aluguel em dia e manterem pagamentos aos seus locadores. Entregamos processos de cobrança mais eficientes e profissionais!

Saiba mais sobre a gestão de inadimplência da AlugaMais!

Despejo: em quais situações ele pode acontecer

A Lei do Inquilinato prevê diferentes situações em que a ação de despejo pode ocorrer, como falta de pagamento, término do contrato sem renovação, infrações às cláusulas contratuais, uso irregular do imóvel, entre outras.

Cada caso possui regras e procedimentos específicos, e a condução correta é essencial para evitar riscos jurídicos.

Por aqui na AlugaMais, realizamos despejos com agilidade, pois trabalhamos com contratos de locação sem apresentação de garantias. Nesses casos, a lei permite recorrer ao chamado despejo por liminar.

A liminar está prevista no art. 59 da Lei do Inquilinato, que autoriza a desocupação do imóvel em até 15 dias, independentemente de audiência.

Entretanto, é preciso que o pedido esteja baseado nas hipóteses legais e que a caução equivalente a três meses de aluguel seja prestada.

Ao utilizarmos esse mecanismo jurídico, a AlugaMais traz dois grandes benefícios para quem aluga imóveis com nossas soluções:

  • Rapidez e menor envolvimento burocrático, acelerando a retomada do imóvel quando a inadimplência não é sanada;
  • Agilidade para não deixar o imóvel parado, reduzindo o tempo entre a desocupação e a recolocação do imóvel no mercado;
  • Maior segurança jurídica e previsibilidade, pois a liminar segue rito especial previsto na lei, com prazos e regras claros.

Nosso serviço completo de gestão da inadimplência cuida de todo o processo: da cobrança à identificação da falta de pagamento, passando pelo ajuizamento da ação e pedido de liminar, até a desocupação do imóvel se necessário. Portanto, convidamos você a saber mais sobre essa nossa solução!

Além disso, em breve a AlugaMais publicará um artigo completo sobre despejo para orientar imobiliárias e locadores sobre os passos adequados. Fique de olho em nosso blog para não perder esse conteúdo!

Renovação de contrato: regras para locação residencial e comercial

Em geral, a renovação de contratos de locação segue regras diferentes para imóveis residenciais e comerciais.

Em regra, nos contratos residenciais, a renovação é geralmente automática caso não haja manifestação contrária do locador ou do locatário. Porém, é preciso sempre respeitar os prazos previstos em contrato.

Já na locação comercial, além da possibilidade de renovação acordada entre as partes, existe a renovação judicial. Esta pode ser solicitada pelo locatário ao final do contrato desde que ele cumpra certos requisitos legais, como tempo mínimo de ocupação e cumprimento das obrigações contratuais.

É importante que você oriente o proprietário sobre essas situações, principalmente para evitar conflitos, garantir direitos e preparar decisões sobre reajustes, prazos e eventual renovação judicial.

Como a tecnologia facilita o cumprimento da Lei do Inquilinato

A tecnologia tem transformado a forma como proprietários, inquilinos e imobiliárias cumprem as regras da Lei do Inquilinato, tornando processos mais seguros e ágeis.

Ferramentas como a assinatura digital e contratos inteligentes permitem formalizar acordos de forma rápida e juridicamente válida.

Além disso, as garantias digitais oferecem mais segurança para locadores e locatários, enquanto vistorias por aplicativo agilizam a conferência do estado do imóvel, registrando informações de forma prática e profissionalizada.

Logo, sistemas de gestão para imobiliárias como o Aluguel.Ai, da AlugaMais, centralizam contratos, pagamentos e comunicação com clientes, ajudando a reduzir erros e a manter a conformidade legal.

Conheça os serviços da AlugaMais e descubra como a tecnologia pode facilitar o dia a dia da sua imobiliária!

Conclusão

Em suma, a Lei do Inquilinato é essencial para organizar e proteger as relações entre locadores e locatários, oferecendo segurança jurídica e definindo direitos e deveres de ambas as partes.

Ao longo desse conteúdo, abordamos os mais diversos aspectos referentes a esta lei. Nosso objetivo era criar um verdadeiro guia para sanar suas dúvidas quanto aos contratos abrangidos, as modalidades de garantia permitidas, e demais detalhamentos.

Entender esses pontos permite que proprietários, inquilinos e imobiliárias tomem decisões mais informadas, evitando conflitos e garantindo que a locação aconteça em conformidade com a legislação.

Conte com a AlugaMais para facilitar ainda mais seu processo de locação: oferecemos soluções completas, incluindo gestão financeira, de inadimplência, contratos digitais, garantia online, vistorias por aplicativo e muito mais!

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